quarta-feira, 27 de julho de 2011

Amostra de texto


Romani
Sa e manušikane strukture bijandžona tromane thaj jekhutne ko digniteti thaj capipa. Von si baxtarde em barvale gndaja thaj godžaja thaj trubun jekh avereja te kherjakeren ko vodži pralipaja.
Português
Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade. (Artigo 1 – Declaração Universal dos Direito do Homem)

Alfabeto


O romani utiliza o alfabeto latino em sua forma de 26 completa de 26 letras, havendo diacríticos como:
  • Trema em A, O, U
  • Breve em C, G, K, L, N, S, Z
  • Agudo em C, R, S, Z
  • Circunflexo em E, I
No romani lovari o alfabeto latino não apresenta nem Q, nem W e tem as seguintes combinações de letras: Dy, Ly; Kh, Ph, Sh, Th, Zh; dzh

Falantes


Ver tabela conforme dos falantes na Europa conforme Bakker (2000). Na última coluna está a percentagem de falantes do romani dentre os Rom do país.
País↓Falantes↓ %↓
Albânia90,00095%
Alemanha85,00070%
Áustria20,00080%
Belarus27,00095%
Bélgica10,00080%
Bósnia e Herzegovina40,00090%
Bulgária350,00080%
Croácia28,00080%
Dinamarca1,50090%
Eslováquia300,00060%
Eslovênia8,00090%
Espanha1,0001%
Estônia1,10090%
Finlândia3,00090%
França215,00070%
Grécia160,00090%
Holanda3,00090%
Hungria260,00050%
Itália42,00090%
Letônia18,50090%
Lituânia4,00090%
Macedônia215,00090%
Moldávia56,00090%
Polônia4,00090%
Reino Unido1,0000.5%
Rep. Tcheca140,00050%
Romênia433,00080%
Rússia405,00080%
Sérvia e Montenegro380,00090%
Suécia9,50090%
Turquia280,00070%
Ucrânia113,00090%

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Padronização


Há grupos independentes buscando padronizar o idioma na Romênia, Sérvia, Montenegro, Suécia, Estados Unidos e em outros locais.
Na Sérvia há um romani padronizado na província autônoma da Voivodina, o qual é aí reconhecido como língua de minorias, tendo estações de rádio próprias.
Na Romênia, país com a maior comunidade Rom identificada, há um sistema único de ensino do romani, o qual unificou os diversos dialetos. Isso foi um trabalho de Gheorghe Sarău, que produziu os livros didáticos em Romanês para ensinar as crianças Rom, pelos quais se ensina um língua “purificada” e “média” dentre os vocabulários (palavras e elementos de gramática) de origem Indo-ariana dos diversos dialetos. A pronúncia se aproxima mais dos dialetos da primeira “camada”. Quando há muitas variantes entre os dialetos, são escolhidas as palavras de origem mais antiga.
Procura-se derivar novas palavras a partir do vocabulário existente, como nos exemplos a seguir: xuryavno (avião), vortorin (régua deslizante), palpaledikhipnasko (retrospectivamente),pashnavni (adjetivo). Há palavras vindas da Língua romena, tais como: vremea (temo – climático ou cronológico), primariya (prefeitura), frishka (creme), sfïnto (santo, sagrado). Neologismos com base no Sânscrito também existem: bijli (lâmpada, eletricidade), misal (exemplo), chitro (desenho, projeto), lekhipen (escrita); Palavras novas podem vir também do Inglês: printisarel < "imprimir", prezidento < "presidente;
Essas padronizações de dialetos também vêm sendo feitas para reviver o romani entre grupos que já não mais falam a língua, como no caso da Espanha e Reino Unido.

Línguas mistas



Alguns grupos Rom dedesenvolverram línguas crioulas ou mistas, tais como:
  • Caló (Romani espanhol) ou íbero-romani– Léxico romani e gramática espanhola.
  • Romani Norte-Central - Romungro
  • Erromintxela (romani basco) – Léxico romani com sintaxe e morfologia Basca.
  • Lomavren – romani armênio
  • Angloromani
  • Scandoromani (norueguês e sueco – romani) de viajantes;
  • Romno-grego
  • Romno-sérvio
  • Boyash, romani-húngaro
  • Sintos-Manouche-Sintos (romani com gramática alemã)

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Estudo dos dialetos


Nas últimas décadas estudiosos trabalharam para categorizar os dialetos romani sob pontos de vista lingüísticos com base em evolução histórica e isoglóssias. Uma significativa parte desses trabalhos foi feita pelo lingüista Norbert Boretzky, de BochumAlemanha, o pioneiro em listar e tabelar as características estruturais dos dialetos romani conforme as áreas geográficas, em mapas. Com isso elaborou junto com Birgit Igla o Atlas dos Dialetos Romani, em 2005, que apresentava informações de isoglossas em mapas. Na Universidade deManchester foram feitos trabalhos similares pelo lingüista e ativista de direitos romani, Yaron Matras, e seus assessores. Junto com Viktor Elšík (mais tarde na Universidade Carlos dePraga), Matras compilou o maior e mais completo banco de dados das diversas formas morfossintáticas do romani. Esse banco de dados pode ser vista na página do Manchester Romani Project. Matras (2002, 2005). É apresentada a teoria de classificação geográfica dos dialetos romani com base da difusão das inovações no espaço geográfico. O romani antigo (falado ao tempo do Império Bizantino) se deslocou para a Europa junto como os Rom durante os séculos XIV e XV. Esse grupos foram se estabelecendo e se espalhando nos séculos XVI e XVII, adquirindo fluência nas diversas línguas de contato Com isso vieram as mudanças, que foram se difundindo como que em ondas para criar o quadro de dialetos de hoje.. Conforme Matras houve duas grandes inovações: Uma oriunda da Europa do Oeste (Alemanha e proximidades) que se espalhou para o Leste; Outra, da área valáquia, se espalhou para Oeste e Sul. Somadas a isso houve diversas diaglóssias regionais e locais, aumentando a complexidade dessas “ondas” de limites linguísticos. Matras considera algumas evidências como:
  • prótese de j- em “aro” >”jaro’ e em “ov” > “jov” (ele) – causada pela difusão “oeste-leste”.
  • adição protética do a- em ‘bijav” > “abijav” – causada pela difusão “leste-oeste”
Sua conclusão defende que essas diferenças foram formadas “in situ” e não por diferentes “ondas” migratórias.
Marcel Courthiade, numa série de artigos a partir de 1962, propôs outra classificação, se concentrando nas mudanças do romani em três “camadas” ou fases de expansão, conforme critérios de modificações de sons e de gramática. Encontrando características linguísticas comuns aos dialetos ele propôs as fases partindo do romani anatólio do século XI indo para segunda e terceira camadas. Ele também denominou os dialetos "Poga" a partir do dialeto Pogadi do Reino Unido, cujo vocabulário tem muitas palavras não-romanis.
As três camadas ficam assim:
  • Primeira, a dos dialetos mais antigos: MechkariKabujiXanduriDrindariErliArliBugurjiMahajeriUrsari (Rićhinari), Spoitori (Xoraxane), KarpatichiPolska RomKaale (da Finlândia), Sinto-manush e o dos países bálticos.
  • Segunda: “Chergari, Gurbeti, Jambashi, Fichiri, Filipiji e o sub-grupo valáquio da Romênia e Bulgária.
  • Terceira, com os demais valáquios - KalderashLovariMachvano.
Ver tabela de diferenças dialetais:
primeira camadasegunda camadaterceira camada
phirdom, phirdyom
phirdyum, phirjum
phirdemphirdem
guglipe(n)/guglipa
guglibe(n)/gugliba
guglipe(n)/guglipa
guglibe(n)/gugliba
guglimos
pani
khoni
kuni
pai, payi
khoi, khoyi
kui, kuyi
pai, payi
khoi, khoyi
kui, kuyi
ćhibshibshib
jenozhenozheno
popo/maimai

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Dialetos


Os atuais dialetos romani se diferenciam pelo vocabulário, pelas evoluções de fonemas, pelas diferenças gramaticais acumuladas Também há muitos Rom que não mais falam a língua de origem, falando diversas “linguagens de contato” com idiomas locais, as quais adicionam palavras do romani.
Uma divisão muito aceita para as diversas formas do romani é aquela que caracteriza dois grupos principais de dialetos: os valáquios (de Vlach) e os não-valáquis. Valáquis são os Rom que ficaram por muitos séculos na Romênia. A maior diferença entre os dois grupos é a quantidade de palavras oriundas da língua romena. Os dialetos valáquis são falados por mais da metade dos falantes do romani. Bernard Gilliath-Smith fez essa distinção e implantou esse termo Vlach em 1915 no livro Relatório sobre as tribos ciganas no noroeste da Bulgária. A seguir outros grupos de dialetos foram reconhecidos em função primeiramente da localização geográfica e do vocabulário. Entre eles temos: